quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Liga NOS 2016/2017: Vitória de Setúbal- 0 / Marítimo- 1



Domingo às quatro da tarde. Dia e hora tão simples para agendar um jogo de futebol, mas que por vezes parece ser mais complicado do que agendar uma audiência com o Papa. O verdadeiro adepto de futebol, essa espécie em vias de extinção, que não troca televisor algum ou streaming à moda do Inácio por uma ida ao estádio. E nada como o fazer num Domingo à tarde. Como sempre foi e sempre deveria ser.

De volta a um campo onde nos últimos anos temos sido felizes (nos cinco embates anteriores só tínhamos perdido uma vez, empatado duas e vencido também por duas vezes, ambas por 4-2), os cerca de 50 adeptos maritimistas deslocaram-se a Setúbal na esperança de um bom resultado, pese embora o péssimo arranque no campeonato. Mais do que isso, era importante aferir se a exibição (e vitória) no jogo anterior contra o Tondela tinha sido apenas resultado da mudança de treinador ou se de facto Daniel Ramos veio com ideias novas e mudanças efectivas no estilo de jogo.

Efectivamente o início de jogo mostrou um Marítimo extremamente pressionante, a querer tomar conta do jogo e a mostrar sinais de uma organização – principalmente a meio campo – que ainda não tinha sido mostrada nas jornadas anteriores. À passagem do quarto de hora, destaque para o excelente remate à entrada da área de Éber Bessa, ao qual Bruno Varela se opôs, mostrando grande atenção. Em toda a primeira parte, pouco se viu do Setúbal, a não ser num livre bem marcado por Ruca, mas que Gottardi (um dos melhores reforços desta época) aproveitou para mostrar os seus galões. 

A primeira parte chegou ao fim, com sinal mais para os verde-rubros (principalmente pelos primeiros 20 minutos), mas com o empate a aceitar-se. Nota ainda para o facto do guarda-redes vitoriano ter queimado tempo à passagem dos 40 minutos (foi mesmo assobiado pelos próprios adeptos da casa – não se percebe a atitude de Varela, jogando em casa e com mais 45 minutos por jogar).

A segunda parte começou praticamente com o nosso golo (infelizmente no lado mais oposto do campo – fica de facto, muito longe da bancada onde nos encontrávamos). Canto na direita e Dyego a saltar mais alto, rematando de cabeça sem hipóteses para Varela. O jogo prosseguiu sem grandes emoções, até que Dyego sofre uma grande penalidade. Fransérgio chamou a si mesmo a responsabilidade de marcar e fez quase tudo bem: guarda-redes para  um lado, bola para o outro… demasiado para o outro e o esférico saiu pela linha final. 

Fruto desse falhanço, o Vitória acreditou até final e tentou o empate, mas desta vez a nossa defesa mostrou solidez.

Notas de destaque: temos de falar no Dyego: marcou um golo, lutou que se fartou, ganhou inúmeras bolas, de costas para a baliza, em corrida… enfim, muito esforçado. No entanto, não pode, de forma alguma fazer a birra que fez no lance do penalti (desentendeu-se com o Fransérgio – capitão de equipa e esbracejou em direcção do banco).

China: as suas exibições são consistentes. Não tem medo de ir à bola, demonstra um sentido de posicionamento muito acima da média e melhora sempre um pouco mais em relação ao seu jogo anterior. Di Maria da Calheta.

Erdem: Parece que temos alguém a acalmar o nosso meio campo: discreto, lutador e organizado. Parece que não faz parte do jogo, mas muita da mudança que assistimos nestes dois jogos tem a ver com a aposta neste jogador. A rever.

Daniel Ramos continua a rimar com 3 pontos. Mais do que isso, as mudanças na equipa são notórias: mais e melhor organização. Porém, não mexeu na equipa em devida altura: Éber Bessa a partir dos 75 minutos arrastava-se em campo. Xavier, idem. O próprio Dyego mostrou sinais de cansaço. O meio campo caiu e as substituições só aconteceram a partir dos 80 min. Correu bem, mas deveria ter mexido mais cedo no banco.

No final, e como sempre, salutar convívio no Becas (tasca de culto ao lado do estádio do Bonfim) com os adeptos adversários.

Fotos do jogo: 




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