sábado, 13 de fevereiro de 2016

Respeito. Vamos a mais uma final.



 
Numa época em que estamos uns furos abaixo do expectável, conseguimos alcançar um objectivo sempre difícil, o de chegar a uma final. Pelo segundo ano consecutivo… cá estamos! Se éramos a única equipa madeirense a conseguir tamanha proeza, consolidamos ainda mais esta nota de destaque, e agora somos igualmente os únicos a fazê-lo em duas épocas seguidas. Notável, sem dúvida.

Pode dizer-se que o adversário era “apenas” o Portimonense, uma equipa da segunda divisão e que não fizemos mais do que a nossa obrigação… não sendo uma mentira descabida, a verdade é que para chegarmos a esta meia-final, tivemos de jogar fora com o Feirense, onde ganhámos, visitar o Dragão, onde quebrámos o enguiço e finalmente saímos de lá com uma vitória, por expressivos 3-1 e, por fim, receber o complicado Famalicão. 

Por outro lado, este Portimonense “só” defrontou primodivisionários, onde ganhou todos os seus jogos, Sporting à mistura. Se era fácil para nós, também terá sido para todos os outros que ficaram pelo caminho…

Seria de esperar que a esta altura já estivéssemos a planear viagens, alojamento, a marcar férias, dispensas do trabalho, trocas de dias com colegas e até mesmo alguns galhardetes com amigos do clube adversário. Pois bem, estamos em Portugal e nada disso acontece, porque não há data, não há local e não há adversário!!!

Se o adiar da outra meia final ainda entra no campo do razoável, não concordamos nem aceitamos que a data da final seja alterada (como, ao que parece, vai acontecer). Não é preciso ser o Willy Fog para perceber que uma deslocação que dista 1000 km deve ser planeada com antecedência, ainda para mais quando existe a obrigação de uma viagem de avião. O esforço económico, gestão de responsabilidades familiares e profissionais é manifestamente maior para quem vem de longe. 

Não aceitaremos finais durante a semana, não aceitaremos finais marcadas com 15 dias de antecedência, não aceitaremos tratamentos díspares para dois clubes que partem de um pressuposto igual: são os dois finalistas de uma mesma competição. 

Queremos estar em maior número do que no ano passado, desejamos fazer ainda mais barulho, pretendemos contribuir para um espectáculo ainda com mais cor. Mas também queremos respeito. 

Temos de marcar posição, seja contra o Braga ou contra o Benfica, temos de vincar a nossa posição e zelar pelos interesses do nosso Marítimo e dos nossos adeptos. 

A Liga diz querer que os adeptos encham os estádios. Nós também queremos. Se eles fizerem a parte deles, acreditem que nós faremos a nossa.

Nota de destaque para os media: Já percebemos que desde o sorteio da fase de grupos que não somos desejados. Nem pelo facto de termos sido finalistas o ano passado nos deu credibilidade aos intelectuais do jornalismo. Depois da futurologia transversal aos diversos jornais, em que “mais um clássico” estava na mira, o destaque dado pela nossa chegada à final ficou-se por um texto de ler à lupa. Cá estaremos para comparar o tratamento dado quando o segundo finalista for apurado. Não ajudamos a vender jornais, mas os jornais ajudam-nos a limpar muita coisa. Continuem assim!


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