terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Liga ZonSagres 2013/2014: Arouca-1 / Marítimo-2

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”

Existem deslocações nas quais a razão simplesmente não tem voto na matéria. Isto porque levantar de manhã cedo num frio Domingo de Dezembro e fazer mais de 600 km com o único objectivo de ver um jogo de futebol de 90 minutos numa vila no interior de Portugal são coisas que a razão não pode explicar.

Menos racional ainda é se essa vila ficar a 40 km da autoestrada que liga Porto e Lisboa sendo a única maneira de lá chegar por uma estrada a fazer lembrar as nossas velhinhas estradas regionais madeirenses.

Ir a Arouca não é de todo o mesmo que ir a um estádio de Lisboa ou do Porto, quer pela proximidade geográfica destes, quer por outros atractivos de cor verde, vermelha ou azul que fazem com que as idas do Marítimo a tais estádios sejam sempre as mais concorridas de toda a época.
No entanto o Marítimo não esteve só em Arouca, pois movidos pelo amor ao nosso clube e também por alguma dose de loucura, cerca de uma dezena de adeptos fizeram questão de dizer presente!

Indo ao jogo propriamente dito, não entramos bem. Na primeira parte o Arouca entrou melhor e controlou completamente o jogo, sendo esse domínio apenas estancado pela entrada do Danilo Pereira com o intuito de dar mais músculo ao meio-campo e de estancar as investidas da equipa da casa, que ainda chegou a criar uma grande situação de perigo no final da primeira parte.  

Ao intervalo, as perspectivas não eram as melhores, mas o filme que se tinha passado este ano em Setúbal foi relembrado. E com razão! O Marítimo que voltou do balneário foi um Marítimo transfigurado e decidido a sair de Arouca com os 3 pontos. Com mais posse de bola, mais confiança e mais oportunidades fomos criando cada vez mais perigo para a baliza caseira. Esta entrada foi o aviso para o golo do Héldon aos 50 minutos no culminar de uma jogada de insistência em que a defesa do Arouca não conseguiu tirar a bola para fora de perigo.

Quinze minutos depois empata o Arouca por intermédio de Serginho, recém-entrado em campo. No entanto, a sorte virou novamente para o Marítimo dado que aos 68’, Miguel Oliveira defesa do Arouca foi expulso por acumulação de amarelos.

E se há coisa que não falta este ano nesta equipa é a entrega, e o golo do Héldon, num cabeceamento perfeito aos 80’ foi o prémio por toda a vontade demonstrada pelos nossos em sair de Arouca com os 3 pontos.
Até ao final, o Sami ainda foi expulso aos 86’ e assistiu-se ao natural pressing final do Arouca, numa tentativa de minimizar os danos. Certo é que o resultado final foi mesmo o 1-2, o que permitiu ao Marítimo afastar-se pontualmente do fundo da tabela e dos lugares que não condizem com o estatuto do clube e onde não esperamos mais voltar.

Nota ainda para o agradecimento final aos presentes do Héldon, Igor Rossi, Gegé, Danilo Pereira, Rúben Ferreira e Carlos Jorge realçando a importância do apoio mesmo nos lugares mais inóspitos. É isto!


Ir a Arouca fez lembrar que há coisa de meia dúzia de anos, neste mesmo estádio fomos eliminados da Taça de Portugal. Na altura, certo escriba utilizou a expressão "De Arouca à louca" para intitular a sua crónica sobre o seu clube num matutino regional. Mal sabia o mesmo que algum dia tal título podia fazer tanto sentido! É que no próximo Domingo as loucas descem da serra à cidade...

Vamos a eles!

Cartaz do jogo (página de facebook Alma Maritimista)

Estádio Municipal de Arouca e loja do clube


Entrada das equipas

Primeira parte, já do outro lado do estádio


Segunda parte


Adeptos (entre eles um amigo vitoriano)


1 comentário:

  1. Muito bom! É preciso gostar muito do clube para fazer tantos km! Bem hajam!

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